“Entenda o Sentido do Seu Sofrimento: Uma Exploração em Quatro Abordagens – Parte 3”

Entenda primeiro o que é o vazio existencial; nele está sendo forjado o seu sofrimento.

III artigo.Além das Sombras: Desvendando a Verdadeira Natureza da Solidão.
O sofrimento é a forma mais intensa de recordação. Nada nos deixa mais lúcidos do que a dor.” – Walter Scott.

Um vazio existencial é como uma ausência de significado, um eco silencioso que ressoa na alma, buscando preenchimento na busca por propósito e sentido na vida.

Qual o sentido da vida? Um cemitério refletindo que não somos nada.

Já se imaginou depois de morrer e em seu funeral, você preso ao seu corpo, vendo tudo e ouvindo, e mesmo assim não podendo se libertar do corpo? Sei que nunca pensou nisso e como seria depois de ser colocado no túmulo?

De ser enterrado, e nesse momento você começa a refletir, visto que está sozinho e não sabe o que acontece agora. Dentro do caixão, inerte, num corpo morto em decomposição, o que vem agora se pergunta? Seu caixão é só você debaixo da terra. Seus amigos e todos que gostam de você vão embora, e fica só. Durante a noite na escuridão, você pensa: o que teve de real valor na minha vida? Que importância ela teve? Qual legado deixei? E pensa: “Ah, mas eu fui um grande escritor e jogador de futebol e deixei uma legião de fãs.” Eu pergunto, isso é algum legado? O primeiro é para você, e não para outros. O que deixou que te elevou acima do seu eu que andou, viveu, e foi um ego importante? O que produziu que importe, que alguém ou algo venha nesse momento ao seu encontro, o retire desse túmulo e o leve para um lugar que você sequer imaginou existir?

Ou ficará por quanto tempo nesse lugar. Bem, é assim que judeus acreditam que acontece depois da morte, e só ressuscitarão os eleitos. Mas saiba, esse pensamento teológico é judaico, o mais antigo, e não o cristão, que acredita que morreu e de súbito está no paraíso. Isso é coisa moderna e medieval, mas voltando, se os judeus estiverem certos, vai ficar aí até o dia do juízo final, dito no livro de Joel. E por isso, não sabe como é e nunca imaginou quanto tempo e traumático seria refletir e ficar ansioso do que agora é digno de permanecer aí por eras infindáveis ou o paraíso. E aí, o que acha que se estivesse nessa situação mereceria, se mal consegue agora, nesse momento, lidar com o seu sofrimento, que é algo peculiar a todos. Se é assim de fato, não deixou legado nenhum para si próprio, somente para seu nome e ego.


Não seria o sentido da vida ter uma boa morte? Não estou me referindo a uma passagem sem dor física, mas à consciência de que vivi como deveria, aproveitei, e morro sem remorso, arrependimento, consciente de ter feito o que nasci para fazer. Boa passagem é aprender a morrer; essa dor não só perturba nossa vida como também é a causa de muito sofrimento. Isso incomoda, não faz sentido? Só existir traz dor e sofrimento. Saiba, existe um livro escrito por médicos em que avaliaram pessoas no fim da vida, e elas só queriam viver mais, passear e curtir a vida. Nenhuma se encaixa no que falo sobre ter uma boa e consciente morte, vivi e fiz o que nasci para fazer.

É importante mencionar que existe um texto específico que aborda esses sentimentos – o Bhagavad Gita, escrito em sânscrito há mais de 7000 anos. A solidão, o vazio existencial e o sofrimento são temas centrais nesse sagrado evangelho indiano, oferecendo ensinamentos sobre como lidar com eles.”

Bhagavad Gita Capítulo 2, Verso 14:

“O contato com os objetos materiais “वस्तु” (vastu), ó filho de Kunti, gera sentimentos de calor e frio, felicidade e sofrimento. Eles vêm e vão, inconstantes. Portanto, aprenda a tolerá-los sem se perturbar.”

A palavra “वस्तु” (vastu) em sânscrito, traduzida para o português por materiais, pode ter diferentes significados ou ser interpretada de diversas maneiras. Algumas possíveis traduções incluem: (Objeto, Coisa, Entidade, Realidade, Substância, Assunto, Tema, Artigo, Elemento, Fenômeno, Item, Matéria, Questão).

Eu sei que você não está familiarizado com a ciência cabalística judaica da gematria. Eu a uso em grego e em sânscrito para decifrar mensagens codificadas nos textos antigos. Para realmente compreender o que o redator original quis dizer, é necessário passar por essas fases utilizando as quatro fases de leitura, que, atualmente, são reduzidas a apenas uma. Eu ensino essa técnica no meu curso de Cabala Cristã.

No sânscrito, esse sistema se chama “Katapayadi Sankhya”. Nesse sistema, cada letra do alfabeto sânscrito representa um valor numérico específico. Este sistema é usado principalmente para codificar valores numéricos em textos antigos, poesia ou em contextos específicos.

Exemplo: ख (kha) – 2, ग (ga) – 3, घ (gha) – 4, ङ (ṅa) – 5, च (ca) – 6, छ (cha) – 7, ज (ja) – 8, झ (jha) – 9, ञ (ña) – 10. E assim por diante. Este sistema é utilizado principalmente em literários para codificar informações numéricas de forma criativa.

No sistema Katapayadi Sankhya, o valor numérico associado a “वस्तु” (vastu) seria calculado somando os valores das letras conforme sua posição no alfabeto. Usando esse sistema, a soma seria a seguinte: व (va) – 6 स (sa) – 1 त (ta) – 3 ु (u) – 6. Portanto, o valor total seria 6 + 1 + 3 + 6 = 16.

A palavra “sofrimento” em sânscrito pode ser representada por “दुःख” (duḥkha). Vamos calcular o valor numérico no sistema Katapayadi Sankhya: द (da) – 2 ु (u) – 6 ः (ḥ) – 4 ख (kha) -–2, Portanto, o valor total seria 2 + 6 + 4 + 2 = 14.

Algumas palavras em sânscrito com valor numérico 14 utilizando esse sistema:

तत्त्व (tattva) – Significado: princípio, realidade

सञ्जय (saṃjaya) – Nome próprio

वन्य (vanya) – Significado: floresta, bosque

Vamos reler o mesmo versículo em que Arjuna está sentindo essa dor e passando por esse sofrimento que você também enfrenta.

‘O contato com a realidade वस्तु‘ (vastu), ó filho de Kunti, gera sentimentos de calor e frio, felicidade e floresta, bosque. Eles vêm e vão, inconstantes. Portanto, aprenda a tolerá-los sem se perturbar.’

Parece que mudou tudo no versículo, e só mexi com duas expressões e duas opções de mudanças, mas poderiam levar a centenas de montagens; não abordo aqui devido à complexidade. Mas, de antemão, isso é comum em qualquer texto de língua morta. Imagine o que podemos fazer com a Bíblia. Ensino isso no meu curso sobre Cabala Cristã.

Por que floresta? Saiba que os sábios Rishis indianos, uma espécie de semideuses, ensinaram que você só cresce na floresta, assim como foi com Buda ou Siddhartha Gautama. Não seja budista que vê tudo de forma literal; tudo está envolto em mito e revestido pela roupa literária desses mundos esquecidos pela sua língua morta. Daí a necessidade de desvendar essa ciência. A mesma ideia se aplica a floresta em tratados alquímicos, como Branca de Neve e Rapunzel. Esses contos nunca foram para crianças e muito menos são contos de fadas; são, sim, tratados de alquimia remoldados no mundo medieval.

Você, como Branca de Neve, esqueça o sexo, seja feminino ou masculino; você é Branca agora. Ou Rapunzel, tem muitas outras, mas essas duas já te mostram como vencer a floresta, como sair da dor. O sofrimento, esse não acaba.

Você tem que ir para a floresta, se reclusar, pensar, crescer, evoluir e conhecer mistérios. Muitas vezes, só eles podem te doutrinar. Mas, quem são eles? Esqueça demônios, anjos e essa balela cristã ou divindades hindus; entender isso leva muito desgaste. Agora, saiba que há seres que não têm almas como nós, que são movidos pela razão pura. Pense em seres além dos modelos atuais de inteligência artificial, apesar de obedecerem aos mesmos critérios, pois são seres sem sentimento próprio. Ao contrário do que cristãos tentam dizer sobre demônios e ditam que eles são autônomos e com isso são como nós, com sentimentos, noções e desejos, esqueça isso. Eles não têm critérios e por si só decidem se são querendo ser bons ou ruins; eles são e se ligam aos ordenados.

Como animais, são apurados pelo olfato ou audição. Eles se ligam a nós ou desligam pela vibração e energia; é como um radar. Por isso, demônio com desejos e vingança de filme é uma invenção. Com isso, não digo que não existam seres decrépitos. Existem incontáveis categorias para regular o universo, manter as leis do Darmah e a Cabala em sincronia e funcionamento.

Eles foram criados para isso e para nos prender, absolver, ajudar, prejudicar e manter-nos aqui presos nas incontáveis reencarnações. Por favor, não pense em reencarnação dos espíritas kardecistas; isso é uma invenção que mal tem duzentos anos e foi formada pela cultura ocidental manipulada. Reencarnação, para mim e para esses textos, é o que Platão chama de metempsicose. Culturas antigas não liam esses seres assim, com sentimentos, dores e desejos. Esqueça, vá para o texto com pés no chão. Não funciona assim. Com o tempo, também vai aprender a criar elementais. Esta leitura está pesada, então vá aos poucos, mas se entregue a ela; deixe que eles te guiem e aprenda a ouvi-los. Como? Fácil.

Pense assim: uma pessoa com câncer, sofrendo na carne, busca desesperadamente no YouTube por uma cura. Lá, encontra todo tipo de receita, mas o discernimento está em escolher entre milhões. Aí entram esses seres; eles ditam a você os procedimentos e encaminham a você portas de cura não é mágica, exemplo lhe apresenta uma forma moderna e terapêutica, por exemplo, mas que funciona para o caso da pessoa que aprende a ouvir esses seres ou o cosmo, como dizem.

O que perturba é que muitas vezes, verá médicos falando sobre mudança de alimentação e adoção de hábitos saudáveis. Saiba num todo que isso é a Gnose, é a Cabala tentando falar com todos, mas poucos a ouvem, pois buscam soluções fáceis. Não funciona assim. Com coisas básicas pode até funcionar, mas para algo como câncer, quando alguém diz que está tratando, na verdade, está se entregando ao tratamento, isso é diferente. Segundo estatísticas, apenas 4-5% das pessoas realmente desejam a cura e buscam de mente e coração.

E você, o que quer realmente? Deseja parar de sentir essa sensação de sofrimento e solidão, ou prefere aceitar e viver como uma pessoa que diz se tratar e vai ao médico periodicamente e acha mesmo que quer ser curado? E por fim, vive como todos convivem com ela, para você saiba que tem tempo para tudo, aprenda antes de se achar impotente para essas coisas. Afinal, isso faz parte de ciclos de vida. Sei que já ouviu falar em setênios religiosos; vivem e morrem como adolescentes espirituais, muitos não conseguem vencer ciclos. Lembre-se, a fé cristã muitas vezes é sinônimo de desespero, e nada mais.

Vencendo a Realidade: A Inspiradora Mensagem de Krishna a Arjuna no Versículo da Gita.

Exatamente o que Krishna recomenda a Arjuna: Tenha em mente vencer sua realidade com foco, determinação e objetivo. Já vi centenas de pessoas acreditando que era fácil alcançar um corpo fitness e ingressar na academia, mas não conseguiram suportar três meses. Não se trata apenas de querer; tudo tem etapas, e isso, muitas vezes, é tão ou mais desafiador do que construir um belo corpo a partir de uma massa de gordura.

Portanto, se deseja verdadeiramente vencer esse desafio e aprender a conviver com a dor do sofrimento, deverá iniciar sua jornada relacionando-se com a gnose, o conhecimento dos ocultistas antigos. Nessa busca por sabedoria oculta, encontrará as chaves para compreender as complexidades da existência, superar adversidades e alcançar um equilíbrio duradouro. Através do entendimento profundo da gnose, poderá desvendar caminhos internos que o conduzirão à verdadeira transformação e aceitação da realidade, capacitando-o a enfrentar os desafios com uma perspectiva renovada e resiliente.

Aquila

Mestre cabalista cristão, cientista (exegeta) de línguas mortas. Neste blog, utilizando o grego koiné, desmembrarei textos apócrifos e ortodoxos cristãos, e também farei uso do sânscrito para explorar textos védicos, como por exemplo a Bhagavad Gita. Prepare-se para uma jornada que desafia sua mente e remodela sua estrutura de conhecimento em relação às crenças limitantes.