Magia Negra?

MITOS E CURIOSIDADES SOBRE MACUMBA E MAGIA NEGRA.

“Coragem não é ter a força para continuar, mas é continuar quando não se tem mais força.” – Napoleão Bonaparte

Eu sou um reformado militar e estive na ativa por toda a minha vida, mas jamais conheci um estrategista militar como Napoleão Bonaparte. Seus feitos, incluindo sua ascensão ao trono como imperador da França, são notáveis. Contudo, uma magia o consumiu.

O que de fato levou Bonaparte a tornar-se imperador e inscrever seu nome na história? Foi o destino, o acaso, seu foco intrepidez, coragem e dedicação. A transformação de um capitão em um imperador ou de um cabo, como Hitler que marcou e deixou seu nome eternamente nos anais da humanidade, vai além desses aspectos.

Com Hitler, que compartilhava o fascínio pelo ocultismo e magias, Napoleão não escapava das peculiaridades da época. Na França, o tarô era um oráculo altamente reconhecido, servindo como uma fonte de orientação mística.

No entanto, minha defesa reside na ideia de que, por trás desses eventos, há uma força mais profunda (Arcontes) direcionando o destino do universo, e ela tem servos, escravos literalmente, em formas variadas. Esses servos assumem formas humanoides, desde espectros deformados até seres antropomórficos belos e de luz, ou não.

Em meu livro sobre espiritualidade e vegetarianismo, eu abordo essa forma angelical, que é como os religiosos os veem, belos, e os chamam de Serafim. Na verdade, eles são essa forma que segue.

Eles assumem até formas distorcidas, deformadas, e vivem na mais perfeita negridão, algo como se pudéssemos cortar em fatias as nuvens densas em que eles vivem.

Essa diversidade é engrossada por elementais, todos dotados de uma forma de consciência distinta da nossa. A nossa consciência é dependente da alma, enquanto eles, a exemplo das formas de inteligência artificial, foram criados para manter em ordem o que os hindus chamam de Darmah.

Contudo, como eles carecem de algo que os humanos possuem – alma, mente, consciência e desejos, sentimentos como amor, raiva e angústia – eles, por não terem, são sim usados para a magia negra.

Por não manterem qualquer senso de honra, amor ou ódio, o que já foi dito, eles são imunes a isso e podem sim ser os seres mais densos e sombrios, usados para esse fim. Existem milhares de tipos, espécies e gêneros desses “Entes” que são sim corrompíveis e se vendem por coisas como alimento.

Do que se alimentam? Isso já tratei no artigo sobre vegetarianismo versus veganismo, forjando assim a magia negra.

Mas não seja mais um analfabeto funcional e adepto da teoria da conspiração. Em primeiro lugar, é preciso saber se Satanás existe mesmo; essa é a primeira resposta que comecei a dar sobre esses seres. Eles não têm como acreditam pseudosatanistas, desejos próprios e mente.

Podemos Invocar Demônios?

Na cultura há séculos, existe a crença de que sim, podemos invocar seres ou entidades metafísicas. Um ritual que esotéricos e ocultistas utilizam como referência é “A Magia Sagrada de Abramelin, o Mago”. Este é um texto esotérico atribuído a Abraham von Worms, um autor do século XV.

O livro descreve um sistema complexo de magia e invocação, supostamente para entrar em contato com um Anjo e solicitar-lhe um favor. Existe um filme dentro desse contexto que segue fielmente todo o rito, chamado “Vozes da Escuridão” de 2016.

A obra descreve um longo período de preparação, geralmente de 18 meses, durante os quais o praticante adota uma vida ascética, pratica orações, invocações e realiza uma série de rituais específicos. O ritual principal envolve a invocação do Sagrado Anjo Guardião, buscando orientação e sabedoria espiritual.

Vale ressaltar que a prática da Magia de Abramelin é considerada por muitos como complexa e rigorosa.

Umbanda, Candomblé e Quimbanda são equivalentes a magia negra?

Condenar Umbanda, Candomblé e Quimbanda como ‘magia negra’ revela mais a ignorância do observador do que a verdadeira natureza dessas ricas e diversas expressões espirituais.” – Alan Kardec

Eu nasci dentro do espiritismo umbanda e migrei para o candomblé. Durante toda a minha adolescência, convivi com esses seres, santos, orixás, e toda essa cultura era usual no terreiro de candomblé. Os cômodos dos orixás, como a mesa do oriente, também eram considerados a casa de Exus e eguns, almas ou espíritos de pessoas que um dia viveram, conhecidos como egum.

Sempre houve o mistério da quimbanda, temida por algumas vertentes espíritas. Mesmo com a disseminação do conhecimento por meio de redes sociais, filmes e livros, ainda é um mistério que poucos se precipitam a falar e revelar suas experiências, principalmente porque essas vivências frequentemente envolvem morte e sofrimento.

É importante notar que alguns pastores itinerantes e evangelistas que afirmam ser ex-espíritas ou até mesmo satanistas estão enchendo o YouTube com suas invencionices.

Por favor, seja cauteloso e mantenha os pés no chão. Aqueles que verdadeiramente viveram essas experiências permanecem sempre em silêncio. Aqui, trago apenas a essência voltada para a amostragem das qliphoth e nada mais. Outras revelações serão feitas por mim no devido tempo.

No entanto, Allan Kardec não conhecia a Kabbalah Judaica, e é nela que encontramos a experiência e a essência da verdadeira magia negra, coexistindo nas Qliphoth.

As Qliphoth são, na tradição cabalística, representações das forças obscuras e desequilibradas que se opõem às Sephirot, que simbolizam as energias divinas e harmoniosas.

Elas são consideradas como cascas ou invólucros que envolvem a energia divina, distorcendo-a e manifestando aspectos negativos. Nas tradições cabalísticas, as Qliphoth são associadas a forças de destruição e desequilíbrio espiritual.

Árvore da Vida da Cabala e Árvore da Morte Qliphoth– Illuminati Zeitgeist.

Illuminati: Historicamente, os Illuminati eram uma sociedade secreta iluminista fundada em 1776 na Baviera. No entanto, ao longo dos anos, o termo “Illuminati” tornou-se associado a várias teorias da conspiração, sugerindo que uma elite secreta controla os eventos mundiais.

Zeitgeist: Este termo alemão significa “espírito do tempo”. No contexto das teorias da conspiração, “Zeitgeist: O Filme” é um documentário que aborda várias teorias conspiratórias, incluindo as relacionadas aos Illuminati, sistema financeiro e religião. Eles são associados a magia negra, mas primeiro é necessário entender os conceitos básicos do que de fato é magia negra.

A maior divulgadora do que seria a magia negra é a própria igreja, com perseguição e morte a bruxas e feiticeiros. Isso cria no imaginário popular um mundo terrorista de seres perigosos com desejos e sentimentos contra humanos, que supostamente querem se vingar e utilizam aldeões humanos para propagar o mal.

Esse cenário é evidente na Idade Média, mas a igreja atual, seja qual for a cristã, parece ainda estar presa a uma mentalidade dessa época. Essa cultura não morreu, e daí surgem causas como os Illuminati e teorias da conspiração, alimentadas pelos desejos infantis das pessoas em desvendar o desconhecido.

contudo isso demanda muita busca por conhecimento, não meras tentativas de se comunicar com espíritos de mortos, assim como Kardec criou sua infantil religião.

Magia negra envolve maldições, pactos, poder e energias que fluem, exigindo um profundo conhecimento, não sendo acessível apenas pelo desejo. Para realizar tais práticas, é necessário entender, no mínimo, o que são as Qliphoth.

Não se trata apenas de ganhar dinheiro; há mais envolvido, e é sobre fazer pactos complexos.

A ideia ocidental infantilizada de ir a uma encruzilhada e chamar um demônio, pensando que ele quer apenas nossa alma, é egocêntrica. Na realidade, é o ego e o corpo que pertencem à alma, e não o contrário. Portanto, esse tipo de pacto está fora de lógica e consideração.

Pense comigo: eles têm e podem oferecer o que você quer, enquanto você tem ou pode oferecer algo em troca. Portanto, esse recurso ocidental infantilizado de acreditar que o homem oferece o mais valioso à alma não é a realidade.

Por favor, o máximo que isso daria é uma historinha, assim como foi para Johann Wolfgang von Goethe escrever “Fausto” e nos apresentar ao pacto entre o homem e Mefistófeles. Goethe, renomado filósofo e escritor alemão, levou sessenta anos para desenvolver essa obra.

Em “Fausto”, o protagonista, Heinrich Fausto, firma um pacto com Mefistófeles, o demônio, em busca de conhecimento e prazer. No desenrolar da história, Fausto percebe que, mesmo com toda a sabedoria e experiência adquiridas, o verdadeiro valor está na redenção e na busca por algo maior do que simples barganhas mundanas.

Goethe conclui essa obra magistral afirmando que podemos desistir a qualquer momento, mas te alerto sobre o pacto que aos poucos lhe apresentarei, o qual não tem retorno, seja com o diabo ou com o Dharma.

Quer conhecer o Santo Graal desse conhecimento, mas te previno: no primeiro estágio, é preciso absorver muito conhecimento. Pense comigo. Quando eu fazia o mestrado em Teologia e especialização em língua morta, procurei o doutor, que era um professor, e lhe perguntei sobre um termo, uma expressão em grego koiné que me pareceu contraposta às traduções existentes.

Ele me disse que todas as formas de revisão sobre conjunções, verbos e toda gramática criada para se ler essa língua morta estão sendo revistas. Perguntei, então, se aprendi tudo errado, e ele respondeu que, para aprender o certo, primeiro temos de aprender o errado.

Assim, digo que, para se aventurar nesse mundo, é preciso seguir critérios e padrões, obedecer a coisas como, por exemplo, que toda pessoa que mexeu com profundidade nesse tema, como Hitler, era vegetariana.

Não se chega ao grau desejado, como na maçonaria ou na rosa cruz, só querendo; é preciso navegar no mar do conhecimento. Se não sabe, um verdadeiro rosa cruz é vegetariano; um ocultista nem dá crédito a uma pessoa que se diz líder espiritual e é carnívora. Para esse mundo, é tolice se imaginar como um espiritualista voraz sendo carnívoro.

Pense assim: a árvore da cabala tem um só tronco para a árvore da vida, assim como para a da morte. Para entrar e usar a magia negra, primeiro é necessário navegar e aprender a brandura. Não é nada fácil; pelo contrário, não é só querer, como acham os ocidentais, meros e imediatistas.

Lembre-se do filme Star Wars, baseado no Ramayana indiano. Primeiro, Darth Vader teve de conhecer o lado bom da força; esse é o princípio básico para se conhecer a magia negra. Primeiro, terá de navegar de braçada na árvore da vida. Tenho um artigo sobre cabala cristã, leia. E sobre cabala, tenho um mundo para lhe apresentar.

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Aquila

Mestre cabalista cristão, cientista (exegeta) de línguas mortas. Neste blog, utilizando o grego koiné, desmembrarei textos apócrifos e ortodoxos cristãos, e também farei uso do sânscrito para explorar textos védicos, como por exemplo a Bhagavad Gita. Prepare-se para uma jornada que desafia sua mente e remodela sua estrutura de conhecimento em relação às crenças limitantes.