Está instaurado o caos!
“Em palavras contemporâneas, as religiões muitas vezes são retratadas como arquitetas do caos, moldando um labirinto de crenças que desafia a clareza e gera inquietação na alma moderna.” – Sofia Miranda
Ou seria espiritualidade moderna?
O termo “contemporâneo” refere-se a algo que está ocorrendo ou é relevante na mesma época em que vivemos.
A bagunça torna-se inóspita, ineficaz e não leva a lugar algum quando se pergunta a qualquer pessoa sobre sua religião. Mesmo frequentando alguma, muitos não sabem o que é e simplesmente repetem automaticamente, como papagaios, “sou evangélico”, “espírita” ou “católico”, confessando serem ignorantes e desinformados.
Não sabem nem o que frequentam. Se questionados sobre qual é o seu Deus, a resposta é vaga, como se Deus fosse único para todos. Aqueles que se autodenominam evangélicos são os mais perdidos, pois essa é uma categoria sui generis; essa religião não existe.
Se continuarmos, poderíamos até identificá-los como pertencentes a uma seita. Dizer que frequentam seitas faz o mundo desabar.

Christopher Hitchens (1949-2011)
As seitas religiosas são fontes de intolerância, negando a pluralidade de crenças em prol de uma suposta verdade absoluta.
Uma seita moderna é um grupo religioso que molda suas crenças conforme seus interesses, sem uma base acadêmica ou tradição embasada, afastando-se das práticas tradicionais.
Se perguntarmos à maioria dos jovens, muitos não têm algo definido e, na maioria das vezes, se identificam como “Espiritualistas”. Mas o que é isso? Não tem gênero definido, e é isso que trago a você: uma pseudo-religião emergente que ainda não sabe se identificar e se posicionar, pois não obedece a critérios religiosos, padrões culturais formatados como sagrados.
E o mais curioso é que não precisa de templos, ambientes ou líderes, mas busca compreender a existência de Deus ou deuses, suas definições e o que é mais importante, conecta várias culturas e suas interpretações religiosas.
No máximo, baseando-se em textos sagrados milenares, muitos se consideram perdidos por não compreenderem completamente o que professam acreditar. Os religiosos afirmam dominar esses textos, mas ao explorar mais sobre meus artigos, você descobrirá que muitos mal conseguem entender uma tradução mequetrefe.
Os espiritualistas sempre estão abertos à Bíblia cristã/judaica, assim como aos textos budistas e védicos. Eles são receptivos a entender algo maior do que uma mera religião, pois reconhecem dentro de si que a energia divina é grandiosa e não confinou a alma de ninguém à seletividade e exclusão de outros.

Sendo assim, todo espiritualista de fato sabe e tem consciência de que as culturas e seus textos sagrados têm algo complexo e profundo a ensinar.
“A espiritualidade é a busca pela verdade que transcende religiões, como disse Alan Watts: ‘A religião é um mapa, mas não é o território.'”
Eles sempre param e ouvem sem discutir, difamar ou ter argumentos, ao contrário dos religiosos que falam sem pensar, credenciando-se como ignorantes do ponto de vista do conhecimento.
É isso que os espiritualistas buscam: não algo regrado, mas rico e plural, uma viagem por diversas culturas e na compreensão desse Deus/deuses. Sabem que essa tendência de incompreensão herética e seletista apenas define os ignorantes e desprovidos de conhecimento, enquanto sempre estão abertos a ouvir.
O espiritualista difere do religioso, pois não busca impor algo do qual não tem certeza do significado. Agora surge das profundezas que um dia foram sepultadas a gnose “γνῶσις”, algo não muito diferente do espiritualista, oculto e marginalizado.
Quando, por exemplo, pergunto qual é sua religião, eles ficam receosos, com medo de dizerem: “Sou apenas uma pessoa buscando espiritualizar-me”. Ficam assim porque têm medo de quem pergunta, um possível interlocutor ríspido e ignorante em assuntos religiosos, e vivem nas espreitas, mas latentes, e desejam mais.
Este blog tem a missão desesperada de trazer a gnose para o espiritualista. Muitos espiritualistas foram mortos ou perseguidos pela religião, mas agora ressurge a gnose “γνῶσις” nessa nova era.

Mestre Aquila.
A rigidez das seitas religiosas pode transformar a espiritualidade em um labirinto absurdo de regras, alienando aqueles que buscam verdadeira conexão.
Os Espiritualistas querem apenas respostas coerentes, sadias, embasadas e de forma acadêmica. Essa é a minha proposta, pois sou um exegeta, um cientista de línguas mortas e mestre em Teologia/Filosofia, não um mero guru moderno.
Por exemplo, os religiosos, ditos evangélicos, afirmam e defendem que apenas os membros de sua comunidade serão salvos. Contudo, isso torna-se ilógico e racionalmente questionável. Estatisticamente, se considerarmos, por exemplo, um grupo insignificante comparado a bilhões de vidas, percebemos que isso é nada mais do que ignorância.
O Espiritualista, que não vê o que eles veem e não aceita o significado de suas palavras, torna-se um inimigo em potencial, daí o medo dos espiritualistas. Eles não entendem por que cada interpretação razoável de ‘salvação e paraíso’ não é convincente.
Isso ocorre porque os religiosos não compreendem para si mesmos, imagine para aqueles que buscam algo além. Suas mensagens são incompletas, abstratas e sem fundamento para a humanidade como um todo, diferenciando-se como especiais e presando pelos seus dogmas, impondo suas heresias, tornam-se dignos de pena e são perigosos se confrontados.
A tendência da espiritualidade e de pessoas que pensam e buscam esse tipo de vivência espiritual tende a crescer. De fato, a origem de toda a religião, especialmente a ocidental (diferente das orientais, como o hinduísmo, por exemplo, que não é religião), surgiu de escolas espiritualistas e ocultistas entre filósofos, matemáticos, médicos, cultos e sábios do mundo antigo.
Daí este blog, para que espiritualistas venham a confraternizar. Sei que entendeu pelo menos o que seja um espiritualista. Por isso, devido à afronta e violência religiosa, meus comentários serão restritos e, se não, não acessíveis, pois prezo pela paz.

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