“De onde viemos?”.
Aproveite a oportunidade. De onde viemos? O que fazemos aqui? E para onde vamos?
Boas perguntas feitas a séculos e filósofos tentaram e alguns chegaram a responder. Só que para entender essas respostas, temos de ler seus códigos.
“Somos todos poeira de estrelas.” — Carl Sagan.
Sei que você se pergunta quem sou, de onde vim e para onde vou, mas não dá importância. Afinal, qual teria, se apenas andamos e não estamos à beira da morte ou convalescendo? Sendo assim, isso não importa, certo?
Em outro artigo, já tratei do que somos: o ternário sob o quaternário. Agora, de onde viemos? Falaremos sobre isso agora.
Visão do mundo científico.

Segundo a ciência, a origem do homem, da matéria e do corpo biológico está relacionada à evolução. A teoria da evolução proposta por Charles Darwin sugere que todas as formas de vida na Terra, incluindo os seres humanos, descendem de ancestrais comuns e passaram por um longo processo de mudança ao longo do tempo, através da seleção natural e da adaptação ao ambiente.
O problema de Charles Darwin e o nosso é que só conhecemos essa forma biológica e não a vida energética superior à nossa de outros mundos.
O corpo humano é resultado de milhões de anos de adaptação e seleção natural, enquanto o cérebro humano se desenvolveu ao longo do tempo para se tornar um órgão altamente complexo, permitindo funções como pensamento, emoção, memória e consciência.
Visão dos especuladores.

Sim, Zecharia Sitchin é conhecido por suas teorias controversas sobre a origem da humanidade, que são baseadas na interpretação de textos antigos, especialmente os sumérios. Ele propôs a ideia de que os seres humanos foram geneticamente criados por uma raça avançada de extraterrestres, os “Anunnaki”, que teriam vindo de outro planeta, como alegado pelos textos sumérios.
Sitchin interpretou os mitos e textos antigos de uma maneira que sugeria uma intervenção extraterrestre na história da humanidade, incluindo a manipulação genética e a colonização da Terra por esses seres avançados.
Além de Sitchin, outros ufólogos e pesquisadores também exploraram temas semelhantes, recorrendo a uma variedade de fontes, incluindo textos védicos e escritos judaicos, como o Livro de Enoque, para sustentar suas teorias.
É importante observar que essas teorias são altamente especulativas e não são amplamente aceitas pela comunidade científica.
Visão dos religiosos.

Esses estão mais perdidos que cego em tiroteio, sem argumentos, pois ficam olhando a criação em mitos e os interpretam literalmente, sendo alvo de chacota, como o paraíso e Adão e Eva.
Mas!!!! O que diriam os verdadeiros discípulos de Jesus e, se não, o que Jesus diria sobre de onde viemos?
Os de Gnose são conhecidos por suas crenças distintas sobre a criação e a natureza do universo. De acordo com algumas tradições gnósticas, o Demiurgo (ou Yaldabaoth) é uma figura divina imperfeita responsável pela criação do mundo material.
Os gnósticos acreditam que o mundo material é caracterizado pela imperfeição e pela ilusão, e que o Demiurgo é uma entidade que está distante do verdadeiro Deus, o qual é transcendente e incompreensível.
A criação do mundo material pelo Demiurgo, de acordo com os gnósticos, foi uma tentativa falha de imitar o mundo espiritual perfeito. Eles veem a existência material como uma prisão da qual as almas precisam se libertar, através do conhecimento (gnosis) que leva à compreensão da verdadeira natureza do ser e à ascensão espiritual.
Os gnósticos interpretam muitas histórias e figuras religiosas de maneira simbólica, incluindo a história de Adão e Eva. Para eles, essa história é uma alegoria que representa a condição humana dentro da realidade material e a busca pela iluminação espiritual para transcender essa condição. Cabala?
Em resumo, os gnósticos veem o Demiurgo como uma entidade que criou o mundo material, mas não como o verdadeiro Deus. Eles buscam transcender essa criação imperfeita através do conhecimento espiritual e da compreensão da verdadeira natureza da realidade.
O livro mais antigo da humanidade, escrito 10 mil anos antes de Cristo, fala sobre nossa origem. Depois veremos os textos cristãos, e tem muitos, mesmo você não achando eles na sua Bíblia.

Os textos védicos que tratam da origem do ser humano estão principalmente no Rig Veda e nos Upanishads.
“Os Vedas são o registro mais valioso da sabedoria humana, uma riqueza espiritual que transcende o tempo e o espaço.” – Ralph Waldo Emerson
Rig Veda
O Rig Veda é o mais antigo dos quatro Vedas.
Um dos hinos mais notáveis sobre a origem dos seres humanos é o Purusha Sukta (Hino ao Purusha). Este descreve a criação do universo a partir do sacrifício cósmico de Purusha, um ser primordial cuja divisão criou todas as formas de vida, incluindo os seres humanos. Segundo ele, diferentes partes do corpo de Purusha deram origem às quatro varnas (castas) da sociedade:
A boca de Purusha se tornou os brâmanes (sacerdotes).
Seus braços se tornaram os kshatriyas (guerreiros).
Suas coxas se tornaram os vaishyas (comerciantes e agricultores).
Seus pés se tornaram os shudras (trabalhadores e servos).
Upanishads.

Os Upanishads, textos filosóficos e místicos que fazem parte dos Vedas, também discutem a origem do ser humano, mas de uma perspectiva mais abstrata e espiritual. Entre os Upanishads, o Chandogya Upanishad e o Brihadaranyaka Upanishad são notáveis por suas explanações sobre a criação e a natureza da realidade.
Chandogya Upanishad: Este texto explora a criação a partir da existência de um único princípio subjacente, Brahman, que é a fonte de tudo. Ele descreve como o universo e os seres humanos surgiram a partir dessa essência primordial. Assim como os gnósticos o Pneuma.
No capítulo 6, seção 2, versículos 1-3, encontramos: no Chāndogya Upaniṣad, a criação do ser humano é descrita como um processo contínuo de manifestação do Brahman, através dos elementos fundamentais, culminando na forma humana que contém o Atman, que é idêntico ao Brahman.
Brihadaranyaka Upanishad: Este Upanishad inclui diálogos e ensinamentos sobre a natureza do eu (Atman) e sua relação com o Brahman. A ideia é que o Atman individual é uma manifestação do Brahman universal, implicando que a origem do ser humano está ligada à essência divina que permeia toda a existência.
Nesse ponto, podemos entender a evolução de Darwin como um processo de criação desse Deus monista e panteísta. Isso implica que a evolução não neutraliza as origens do Atman ou alma, pois o Atman é o cerne da criação, enquanto a matéria é apenas sua manifestação final.
Esses textos combinam mitologia, ritual e filosofia para oferecer uma visão complexa da origem humana dentro do contexto cosmológico e espiritual dos Vedas.

Sim, existem textos védicos e gnósticos que abordam a ideia de seres humanos ou entidades espirituais serem originárias de outros mundos ou dimensões.
Textos Védicos
Nos textos védicos, especialmente nos Puranas e nos Vedas, há várias menções sobre a existência de múltiplos mundos (lokas) e seres que os habitam. A cosmologia védica é bastante elaborada e detalha uma vasta hierarquia de planos de existência.
Bhagavata Purana (Srimad Bhagavatam): Este texto menciona a existência de diferentes planetas e reinos celestiais, como Svarga Loka (o céu dos deuses), Maharloka, Janaloka, Tapoloka, e Satyaloka. Além disso, menciona que as almas podem migrar entre esses mundos de acordo com seu karma e desenvolvimento espiritual.
Rig Veda: No Rig Veda, há referências a seres celestiais chamados Devas e Asuras que habitam diferentes reinos. Estes textos muitas vezes sugerem que os seres humanos têm uma origem divina e que a alma pode viajar entre diferentes planos de existência.

Textos Gnósticos
Na tradição gnóstica, especialmente nos textos descobertos em Nag Hammadi, há uma forte ênfase na origem espiritual dos seres humanos e na ideia de que nossa verdadeira casa é em um reino superior de existência.
Evangelho da Verdade: Este texto sugere que os seres humanos possuem uma centelha divina que vem de um reino superior e que a jornada humana é um retorno ao conhecimento (gnosis) desse estado original.
Apócrifo de João: Um dos textos mais importantes da biblioteca de Nag Hammadi, descreve uma cosmologia complexa onde a humanidade é vista como tendo uma origem divina. Segundo este texto, o mundo material foi criado por um demiurgo, e os seres humanos são prisioneiros espirituais que devem se lembrar de sua origem divina para retornar ao Pleroma, o reino da plenitude divina.
Hino da Pérola: Encontrado nos Atos de Tomé, este hino poético narra a história de uma alma que desce de um reino celestial para o mundo material e sua jornada de volta ao seu lar celestial. A história é uma alegoria do retorno da alma ao seu estado divino original.
Esses textos, tanto védicos quanto gnósticos, compartilham a ideia de que a existência humana está ligada a reinos superiores ou outras dimensões, e que a vida na Terra é apenas uma parte de uma jornada espiritual maior.

Textos Zoroastrianos.
Avesta: O Avesta é a coleção principal de escrituras sagradas do Zoroastrismo. Dentro dele, particularmente no Yasna, existem passagens que descrevem a criação do mundo e a natureza espiritual dos seres humanos.
Bundahishn: Este é um texto pahlavi (médio persa) que não faz parte do Avesta, mas é central para a cosmologia zoroastriana. Ele descreve a criação do mundo por Ahura Mazda (o Deus supremo) e menciona que os seres humanos foram criados com uma alma divina que deve combater o mal e ajudar na renovação do mundo.
Arda Viraf Namak: Este texto é um relato de uma viagem espiritual realizada pelo sacerdote Arda Viraf ao céu (camadas superiores, mundos elevados) e ao inferno (mundos decrépitos). Durante essa viagem, ele observa a alma dos mortos e descreve diferentes reinos de existência, sugerindo que a alma humana pode viajar entre esses reinos após a morte, dependendo de suas ações durante a vida.
Fravashi: A fravashi é um conceito zoroastriano que pode ser entendido como o espírito guardião ou o espírito pré-existente das pessoas. Segundo a crença, cada pessoa tem uma fravashi que existe antes do nascimento e continua a existir após a morte. Essa ideia pode ser vista como uma ligação entre a alma humana e um reino espiritual superior.
Renovação do Mundo (Frashokereti): No Zoroastrismo, acredita-se que no fim dos tempos haverá uma renovação do mundo onde o bem triunfará sobre o mal, e todas as almas justas serão reunidas com Ahura Mazda em um estado de perfeição.
Interpretações
Embora o Zoroastrismo não fale diretamente sobre humanos sendo trazidos de outros mundos no mesmo sentido dos textos védicos ou gnósticos, há uma forte ênfase na origem espiritual das almas e sua conexão com um reino divino.

As almas humanas são vistas como participantes em uma batalha cósmica e como agentes de uma futura renovação universal, sugerindo que a verdadeira essência do ser humano está ligada a um plano espiritual além do mundo material.
Esses são, senão mais antigos, tão antigos quanto os egípcios e outros que têm suas cosmologias e cosmogonias baseadas nesses assuntos, assim como os judaicos.
Todos têm o mesmo princípio: o Uno grego, o Ein Sof judeu, o Brahman hindu. Os textos mais antigos indicam que esse ser não é um ser ou ente, mas uma energia (Monismo Panteista)que, em certo tempo na eternidade, pensou, e nós somos, em biologia, o resultado desse pensamento.
Mas, em alma, somos fragmentos dele. Por isso, Jesus disse que somos deuses e podemos criar. Vê-se isso nos modernos pensadores do pensamento positivo quântico.
Nós, em essência, para qualquer viagem cósmica, somos alma, uma energia desconhecida que tem mente e poder de agregar. Neutralizará egos na expectativa de um corpo perfeito, conquistado e não somente recebido. Assim, viajamos entre mundos físicos e metafísicos e, no fim, somos reunidos à nossa origem, ao cerne dessa origem que os gnósticos chamam de Pleroma.
Também pode ser compreendido, como afirmam ufólogos e especuladores, que sim, usando os Vedas, pois tratam desses mundos (lokas) como sendo reais ou físicos. Os Vedas abordam muito da física quântica, o que sugere a possibilidade de que esses mundos sejam físicos.
Além disso, é possível calcular sua distância desses planetas e suas constelações fora do nosso raio planetário, utilizando os Vedas como referência. As vimanas, que são frequentemente mencionadas nos Vedas, são descritas como as naves usadas na primeira era kali como meio de locomoção para esses planetas.
Portanto, os textos védicos, os primeiros que deram origem a todos os outros, também descrevem esses mundos detalhados, assim como o Livro de Enoque judaico, que não é algo puramente espiritual.
Sendo assim, podemos sim ter sido colocados aqui para colonizar, vindos de outra realidade, outro mundo. Essa é nossa origem, de onde viemos e o que somos. Mas, em essência, somos alma, atravessando a matéria em nossa jornada.
Almas que travam batalhas contra seres que nos querem deixar presos aqui eternamente, reencarnando os arcontes e, em alguns casos, transmigrando para mundos mais evoluídos fisicamente. Essa é nossa eterna luta: voltar ao princípio, mas encerrados com milhares de egos que, em um ciclo, evoluem e transcendem.
Se lidos de forma tendenciosa, tanto os Vedas quanto os textos gnósticos podem ser interpretados como apoiando a noção de que viemos de outros planetas e estamos eternamente presos aqui; no entanto, eles também sugerem que a alma nasce aqui e que nossa origem e formação são terrestres.


Continua….