Explorando os limites da percepção: Por que não podemos visualizar fantasmas, demônios, espíritos ou entidades metafísicas?
“Os olhos veem apenas o que a mente está preparada para compreender.” – Henri Bergson
“Este artigo será dividido em fases para facilitar a compreensão e garantir uma continuidade lógica ao conteúdo.”
Fase 1: Introdução ou início do processo.

“A resposta começa a se revelar à medida que entendemos a física teórica ou quântica, alinhada ao conhecimento dos antigos ocultistas de Alexandria e dos Vedas indianos. Lidos de forma séria, esses textos confirmam tudo o que apresentarei.”
O que é “Sobreposição” na perspectiva da física teórica?
Primeiramente, sejamos claros: apesar de usarmos a partir de agora o termo “Sobreposiçaõ“, a superposição é um princípio fundamental da mecânica quântica que afirma que um sistema quântico pode existir simultaneamente em múltiplos estados possíveis.
Vamos nos familiarizar com o termo fictício “Sobreposição” e emaranhamento quântico. Seria o momento em que estaríamos dentro da caixa ou entre mundos, semelhante ao que é ilustrado pelo experimento mental do Gato de Schrödinger. Esse experimento pode ser usado para definir estados quânticos na nossa visão dessa realidade, seja em corpo físico ou em viagem astral.
Pense na sobreposição assim: quando você vai dormir, sua consciência se depara com uma escuridão plena derivada do cérebro, mas a consciência em si é infinita e não obedece ao tempo e ao espaço; para ela, apenas o cérebro concebe o passado e o futuro. Nessa realidade, onde a mente, e não o cérebro, é livre, ambas precisam entrar juntas em outros mundos – mas primeiro devem passar pelo “entre-mundos”. Essa ponte precisa de um ambiente, uma forma reconhecível e iluminada pela nossa interpretação da realidade. No “entre-mundos”, criamos uma realidade compatível com nosso entendimento racional, permitindo que nossa mente, limitada pelos conhecimentos, se mantenha psiquicamente saudável.
Esses mundos são formados apenas por filetes de ondas. A teoria das cordas da física quântica sugere que tudo é composto de vibração, energia e som, usando como exemplo as cordas de um violão que emitem sons em ondas. Essa é a física na sua mente, que entra em êxtase durante o sono e cria sonhos com base em seus conhecimentos e vivências diárias. Esse processo se repete, de forma mais complexa, no pós-morte, quando, divorciados do corpo físico e do cérebro, somos levados a um local entre mundos infinitos de vasta energia. Ali, em sobreposição, criamos um mundo segundo nossa própria visão e limitações, transformando o que são apenas filetes de energia em algo vivo. Nos sonhos, essas criações simulam o que será, potencialmente, a experiência após a morte.
Por exemplo, sua consciência, memórias e sinapses cerebrais criam o que está pré-moldado no subconsciente – prédios, ruas, casas, um ambiente. Você cria seus sonhos à luz do que vivenciou, lúcido ou não, com o que seu cérebro memorizou direta e indiretamente. Nessa escuridão de ondas de energia, sua mente dá forma tangível e compreensível para sua limitada interpretação da realidade, baseada na sua cosmovisão. Assim, você cria sonhos.
Isso é sobreposição: criar algo a partir de memórias, experiências, expectativas, desejos e mensagens desta realidade perceptível e, ao mesmo tempo, da nossa própria realidade. Você entra em um mundo de energia e recria lá outra realidade. A física explica que sua mente, ao se ver diante de outros mundos de ondas e energia – os chamados mundos paralelos – cria uma realidade compatível com sua cosmovisão. Por isso, os antigos esotéricos viam a necessidade de expandir a consciência, buscar conhecimento da ciência, da filosofia, do intelecto e da gnose metafísica.
A física moderna nos ajuda a entender como nós, humanos, podemos visualizar essa realidade intangível de forma tangível. Esse entendimento se aplica tanto aos sonhos quanto ao pós-morte, pois criamos, ou “vestimos”, à luz do nosso entendimento, sensatez e conhecimento, um mundo – seja de sonhos ou de pós-morte – retirando das ondas de energia algo palpável e sensível. Nossa mente, embora não compreenda totalmente esses elementos devido a fatores metafísicos desconhecidos, possui o poder de dar vida a essas criações. Esse é o poder de “ser deus”, como disse Jesus.
Simplesmente, se não fosse assim, nossa mente enlouqueceria. Nosso corpo biológico é preparado apenas para sonhos, pois temos uma cosmovisão limitada devido à racionalização medieval do mundo físico em 3D. Sem essa limitação, nos perderíamos na vastidão infinita dos multiversos e suas incontáveis formas de energia, já que tudo é energia. Construímos, ao longo da evolução da mente em infinitas transmigrações da alma, a capacidade de criar, a partir de pura energia moldável, mensagens visuais e palpáveis, que nos permitiriam nos encaixar em outros mundos dimensionais.
As pessoas tentam provar espiritualidade, anjos e tudo mais usando a fé, achismos e conjecturas, mas saibam que tudo só pode ser provado pela ciência. A teologia sempre desprezou a matemática e a astronomia, coisas que vulgarizamos e que criaram essa religiosidade mesquinha, baseada no achismo e tradições produzidas por interesses, que é fútil e desacreditada hoje. Portanto, usarei a ciência.
Os argumentos que buscam explicar a inexistência de algo, como demônios, anjos, espíritos ou Deus, só podem ser fundamentados na ciência. Fora isso, será mera especulação; daí que teologia sem a física ou a matemática é somente estudos de tradição de ignorantes.

“Deus pode existir, mas a ciência pode explicar o universo sem a necessidade de um criador.” – Stephen Hawking
Trataremos agora cientificamente o porquê de ninguém ter o poder de ver tais entidades. O que hoje é chamado de ciência no mundo antigo tinha outros nomes, sendo assim, ninguém é ignorante ao dizer que não vemos conceitos como física quântica na Bíblia; mas eles estão lá sim, e em grande quantidade.
Porém, somente as escolas ocultistas, como a de Pitágoras, podiam ler. Para explicar minha proposta, vou usar a atual física teórica.
Hoje vivemos em um holograma, segundo muitos físicos, onde as mentes e os cérebros humanos moldam nossa suposta realidade desde o início. Esse funcionamento se assemelha ao que ocorre em nossos sonhos e na experiência pós-morte. A sobreposição é um conceito da física teórica que se revela quando nos deparamos com ambientes que a mente e o cérebro não entendem ou não reconhecem. Nesses casos, eles criam um ambiente compatível com sua razão para evitar a loucura, já que formas abstratas e desconhecidas podem ser perturbadoras.
Assim, a mente cria literalmente ambientes usando energias ou cordas de energia da física, semelhante à coexistência de múltiplos estados ou realidades, como os multiversos e mundos paralelos. A mente viaja através dessa ponte, especialmente após a morte; pense nos sonhos como insights. A sobreposição nos ajuda a entender o ambiente à luz da nossa razão humana. Ela é crucial para compreendermos o mundo e nossa visão dentro dessa realidade metafísica, pois a mente humana não tem a capacidade de idealizar um ambiente tão complexo.
É básico: ver algo que sua mente não compreende, nunca viu e não tem ideia. Sendo assim, sua mente, nesse ambiente, cria sua realidade; ela cria uma sobreposição para reinterpretar o ambiente.

“A fronteira entre o Real e o Irreal não é fixa, mas apenas marca o último lugar onde gangues rivais de xamãs lutaram até se esgotarem.”-Robert Anton Wilson
Há uma história muito relatada por Robert Anton Wilson, que fala sobre um evento em que as caravelas do descobrimento ficaram estacionadas por dias no mar, perto da costa, em frente a uma tribo indígena. Eram três caravelas.
Os índios dessa localidade não viam as caravelas porque a mente deles não compreendia ou reconhecia aquilo dentro da sua cosmovisão da realidade. Mas como é possível não ver caravelas do tamanho de prédios de três andares e igual largura simplesmente flutuando à beira-mar? Depois de dias, um índio percebeu a maré sempre se deformando, e ele, nessa flexão, conseguiu ver as caravelas, mas foi com a mente primeiro.
De fato, só podemos ver algo que a mente está pronta para entender. Quando algo foge à norma e a mente não tem a concepção da sua realidade, ela cria algo visível como subterfúgio e engana o cérebro. Isso é o que nos mantém lúcidos em nossa realidade, colocando-nos em um ambiente reconhecível. Por exemplo, vemos um caminho de asfalto, mas isso está apenas na superposição mental; de fato, não pisamos em nada conhecido nesse mundo.
Daí não vemos ou percebemos naves alienígenas, mesmo que estejam acima de nossa cabeça. Perceba que, quando dizem ver naves espaciais, só veem metal e parafusos; mesmo que vejam algo estranho, a mente usa esse subterfúgio para que possamos compreender plenamente. O mesmo serve para quando somos trasladados, por exemplo, a uma ponte entre mundos paralelos: criaríamos essa sobreposição. Isso ocorre com esses seres e qualquer forma alienígena e desconhecida.
Se fôssemos transladados a esse lugar em corpo e mente juntos, enfrentaríamos uma realidade completamente incompreensível e criaríamos um ambiente conhecido. Veja isso no filme Contato (1997): nela, a personagem vê um alienígena, mas na forma física de seu pai. A lógica serve para tudo e se baseia na física e ciência, não em conjecturas.
Perceba, mesmo que fôssemos transportados para o mundo dos mortos, a ponte entre mundos, não teríamos como ver como é realmente, e a nossa mente criaria algo compreensível. Por isso, é tão difícil entender o Pistis Sophia quando Jesus relata esse mundo. Ele usa o mais fácil de visualização para nós e se tornou algo intransponível para nossa mente. Daí, aprender a ler mito é importante.
Na física, a sobreposição também se refere à experiência das fendas, onde uma partícula pode ocupar dois lugares ao mesmo tempo, e onde a luz e a matéria são indistintas.

Imagine uma pessoa viajando a um limbo, uma ponte entre incontáveis mundos paralelos.
“O multiverso é uma ideia de que existem universos paralelos onde pode haver cópias de você em algum lugar vivendo uma vida diferente. Esse conceito, que parecia ficção científica, agora está sendo considerado seriamente por alguns físicos.” – Michio Kaku
Nesse estado, nossa compreensão e conhecimento não abarcam completamente esse ambiente; a mente não pode ler ou entender algo que nunca viu ou conheceu. Segundo esse conceito, a pessoa formula em sua visão algo conhecido, dando forma àquele ambiente metafísico, utópico e deformado.
Por exemplo, a mente pode visualizar incontáveis entradas de casas, simbolizando passagens para diferentes mundos. Essa sobreposição invade o tempo, onde ele também não existe, pois tudo depende do observador, e o observador dá forma a esse metaverso e seus sertões. Dessa forma, a mente cria uma representação tangível de algo que é, por natureza, intangível.
Imagine os seres desse mundo, que são formatados para ele, como espíritos, demônios, anjos, almas, seja qual for o nome que você queira dar.
Os verdadeiros discípulos de Jesus, por exemplo os da Gnose ‘γνῶσις’, interpretavam seu mundo, mas sabiam de conceitos semelhantes a teorias modernas, dando-lhes outros termos usando os mitos como linguagem.
Eles eram matemáticos e astrônomos excelentes e sabiam sobre tudo o que falo, isso 5000 a.C. A modernidade pensa que descobriu a roda só porque presume o termo ‘física quântica’, mas eles usaram isso para construir, por exemplo, seus templos e livros, algo que é inimaginável há mais de 5000 anos antes de Jesus.
Usavam o mito como linguagem para expressar conceitos semelhantes ao que abordo aqui, usando outras palavras da época deles, as míticas. Eles usavam essa linguagem para transmitir ideias que ecoam o que os físicos dizem hoje. Por isso, foram acusados, perseguidos e mortos, pois seus acusadores os denunciaram por afirmarem que vivemos em um mundo ilusório. Foram rotulados como hereges e acusados de inventar doutrinas demoníacas.
Os religiosos da época, a Igreja em sua formatação interesseira e política, condenaram à morte aqueles que falavam sobre isso, ainda que de outras formas, mas interpretadas à luz da nossa realidade moderna. Por essa filosofia, adquirida a alto custo, eles foram perseguidos e mortos pela Igreja. Um exemplo mais recente da Idade Média foi a morte por fogueira de Giordano Bruno.”
Eles entendiam coisas como átomos, nos Vedas comentam sobre o átomo literalmente 5000 A.C. Por isso, diziam que nossa realidade é uma ilusão e por isso, nosso mundo seria ruim. A teologia deformada, manca e podre dizia que eles eram hereges por verem o mundo à luz de coisas como as que eu disse.
Quando tentamos visualizar e entender as formas de seres demoníacos, nosso entendimento já começa a falhar. Demônios, anjos, almas e espíritos são moldados pela cultura, criados e formatados por pessoas incultas e ambiciosas. Toda iconografia e desenhos medievais refletem o que lemos hoje.
Assim, quando alguém diz que viu um ser metafísico, na verdade, apenas idealizou algo que a cultura manipulou sua mente para ver, e nada mais.

“Todo o mal é a sombra projetada do homem, criada por sua própria mente.” – Carl Jung
Os demônios são imagens criadas pela cultura medieval. Temos até um dicionário dessa época com iconografias e suas representações, o que impregnou o inconsciente coletivo. “Dictionnaire Infernal” (Dicionário Infernal), escrito por Jacques Auguste Simon Collin de Plancy e publicado pela primeira vez em 1818.
As descrições nos textos sagrados são imensuravelmente incompreensíveis. Por exemplo, um Serafim. Se tentarmos lê-los literalmente, veríamos um ser com seis asas que se cobria; entretanto, essa linguagem é simbólica para a época e a cultura desse mundo, que já morreu há séculos. Portanto, não devemos pensar em literalidade.
Na cultura, um Serafim é representado como um homem com um belo corpo e atado de asas, devido à iconografia medieval. Desconsiderá-la hoje seria deixar a religião capenga. Da mesma forma, os demônios foram transladados para a cultura através de filmes e contos. No entanto, se soubéssemos ler o mito corretamente, poderíamos ter a chance de entendê-los e, por consequência, também ver algo próximo do que seriam.
No entanto, muitas vezes, queremos ver algo que não existe nem lá, nem aqui, apenas no imaginário cultural. Escolas ocultistas preparavam as pessoas para ver a verdade de Platão, e não de Aristóteles. Só vemos o que temos condições e limites intelectuais para entender.
Sendo assim, como poderia um ocidental ler e entender, por exemplo, o Pistis Sophia, que é um mito, se ler um mito como um evangelho é algo desafiador, não para a razão, mas para uma mente preparada para ler além dessa realidade? Esse é um tema discutido há séculos em inúmeras mesas, especialmente nas escolas ocultistas, onde a compreensão transcende as fronteiras da razão convencional.
Para ver um demônio, anjo ou qualquer ser metafísico, até mesmo um elemental, é preciso estar bem preparado.
“A fusão entre ocultismo profundo e ciência contemporânea promete redefinir fronteiras e instigar uma revolução no conhecimento humano.”

