Sempre que você buscar respostas, dará vida a novas perguntas.
Em cada pergunta sábia de um pensador antigo, ecoa a eterna busca pela verdade, permeada pela sabedoria da Cabala Cristã. – Mestre Aquila

Entre Cidades e Silêncio: O Sábio e a Essência da Solidão.
Um sábio mestre se assentava à beira da estrada, acompanhado de seu discípulo, entre duas cidades, enquanto seu discípulo observava. Quando um viajante se aproximou, curioso, o viajante indagou ao mestre sobre a cidade à frente. O mestre, por sua vez, perguntou sobre a vida do viajante na cidade que deixara para trás.
O viajante compartilhou suas experiências, descrevendo uma cidade permeada por brigas, confusões e acusações constantes. O mestre aconselhou: “Evite a próxima cidade; está repleta de confusões e problemas. Em vez disso, encontre a calma na solidão da floresta.”
Quando um segundo viajante passou, esse repetiu a mesma pergunta. No entanto, este descreveu uma cidade maravilhosa, onde todos interagiam, era conhecido e recebia ajuda de muitos. O sábio aconselhou: “Desfrute da próxima cidade, pois é bela e maravilhosa.”
Intrigado, o discípulo questionou: “Mestre, um disse que a cidade à frente é terrível, e o outro disse que é maravilhosa. Por que essa diferença?” O sábio respondeu: “Não se trata da cidade em si, mas do que cada pessoa carrega consigo, principalmente a solidão que habita no coração de cada viajante.” E concluiu: “A solidão não gera isolamento; são vícios e defeitos, a falta de vida interior. Um está completo e só na solidão; o outro está isolado.”
As dores da Solidão na Vida.

A solidão pode se revelar cruel e dolorosa, mas também como uma paz a ser apreciada e desfrutada ao longo da nossa jornada. Ela possui o poder tanto de impulsionar nosso crescimento quanto de nos afundar em dor e sofrimento. Aqui, inicia-se a nossa escolha, mas para crescer, é necessário seguir parâmetros definidos.
A busca pela paz é a chave dessa decisão. Meramente desejar não é suficiente; é preciso buscá-la verdadeiramente. Indivíduos vazios frequentemente tentam preencher esse vazio observando e seguindo as vidas aparentemente belas de outros, como representadas nas redes sociais. Surge, então, o poder do Instagram, um dos deuses deste tempo. Não se trata de religiosidade e fanatismo cristão; ao contrário, é algo maravilhoso, mas o equilíbrio deve ser observado. A diferenciação entre veneno e remédio está na dose.
Entretanto, essa busca muitas vezes resulta em frustração, pois o outro não nos completa. Essa paz e realização pessoal transcendem a imitação de vidas alheias, a conquista de poder ou dinheiro. Não é algo religioso; trata-se de uma conquista interior. No entanto, não se iluda. Não é apenas uma questão de querer.
Solidão Saudável?

Solidão não pode ser isolamento. Encontrar o sentido da vida nela é entender isso. Já viu a imagem grega de um homem esculpindo a si mesmo? Faça o mesmo; Platão diz: “Τέχναι δ’ εἰσὶν ἑαυτῶν οἱ βίοι,” que significa “Somos artífices de nós mesmos.”
Para conquistar isso, apresento-lhe algo: a ‘floresta’. Buda foi à floresta, Jesus ao monte, e ao longo da história, não apenas padres e monges budistas, mas também gurus hindus, e hoje pessoas inteligentes buscam esse mesmo conceito de busca interior. Mesmo vivendo numa metrópole, você pode encontrar a ‘floresta’ dentro do seu quarto. Não foi Jesus quem disse “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:6).
O termo “Pai em secreto” em grego, conforme o versículo Mateus 6:6, é:
πατήρ σου ὁ βλέπων ἐν τῷ κρυπτῷ
Romanizado: Patēr sou ho blepōn en tō kruptō
Esse Pai é a Mente Cósmica, o Brahman do hinduísmo, o Ein Sof dos judeus. O Deus-Consciência, Ele está ligado ao seu Eu mais profundo, à sua essência.
Essa ‘floresta’ pode ser compreendida nos mitos e tratados medievais de alquimia, como no tratado de Branca de Neve, que você acredita ser apenas um conto de fadas, mas é, na verdade, um tratado de alquimia. Em outros contos, como Alice no Buraco do Coelho, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, observa-se a mesma busca por se encontrar na ‘floresta’, que vai além com os sete anões ou sete corpos dos quais somos formados.
Certamente, ao empreender esse caminho, você será atacado, perseguido e, simbolicamente, terá seu coração buscado, assim como em Branca de Neve. Isso é um processo e segue um padrão. A solidão, quando explorada conscientemente, pode ser uma ferramenta para moldar a nossa essência.
Falta-te vida” é porque você sente saudade de si mesmo.

Falta-te vida, conversar contigo mesmo. Os hindus usam a meditação; eu te digo, Jesus manda isolar-se, mas como? Para tanto, desperte-se para o conhecimento da gnose. Nesse contexto, recomendo a Cabala cristã. Ela é o uso prático de um conjunto de filosofias, pensamentos e ensinamentos refletidos em muitos textos que Jesus deixou para seus discípulos. É tão simples quanto isso. Por exemplo, já viu um enterro em que o pastor, por falta de conhecimento, diz que a pessoa foi para o paraíso e mora com Jesus? O padre, muitas vezes, se restringe a este raciocínio. A falta de opções sacramentais deles é enorme. Se não sabia, seu conhecimento acadêmico pode não ter te ensinado que existe um texto chamado “Pistis Sophia”, no qual Maria, mãe de Jesus, pergunta como é depois da morte, e Jesus responde. Este texto está disponível gratuitamente na internet em formato PDF.
Reconhecer um “solitário isolado” não é difícil; eles se denunciam em suas conversas. São vazias, fúteis e voltadas para conquistas materiais. A espiritualidade demanda busca de conhecimento, desgaste mental, e não apenas esforço no trabalho. Quando digo isso, afirmo que um médico, um doutor, que buscou conhecimento acadêmico e científico pode não ser suficiente para libertá-lo da “solidão isolada”. Para tanto, qualquer pessoa precisa do conhecimento de gnose (γνῶσις). Esse conhecimento é o que eu, o apóstolo Pedro, chamo de gnose, conforme 2ª carta de Pedro 1:5. Mas só verá isso no grego, a língua original da Bíblia. Esqueça traduções e leigos tentando te responder sobre gnose; seria ignorância sua usar um indouto acadêmico para argumentar contra um exegeta.
Se querer estar só e buscar a paz é porque você sente saudade de si mesmo, da sua essência, lembre-se do “Hino da Pérola” que mencionei no vídeo. Ela é você, sou eu; é essa saudade desse reino que nos move e dá esse vazio que não para, e sufocamos com todo tipo de desculpas. Mas para cessar essa dor, esse sofrimento, é preciso aprender na solidão, mas antes, aprenda como ficar só, não solitário – essas coisas realmente precisam ser conhecidas por meio dos meus ensinamentos. Não adie esse encontro; é preciso coragem, mas saiba que é um desafio! Na solidão, você escreverá a poesia que marcará sua vida. E gostará tanto que desejará viver numa eterna solidão. Para tanto, conheça a Cabala Cristã e o poder que ela pode te proporcionar usando a astrologia, tarô e numerologia antiga, e não o tarô comum, mas o das escolas de mistérios que não é só esse adivinho. Ela usa essas práticas que podem te ajudar.
Você é o que você é quando a última porta se fecha atrás de você.

Não se planta abóbora e espera colher feijão; você colhe o que plantou. Isso se aplica à sua vida depois da morte, e a solidão é o lugar onde você aprende como será e como se prepara para isso. Estar só não é um ato de autopiedade; é uma conquista que dará frutos e ajudará outros. Quando aprendemos a ser únicos, nos encontramos na solidão. As pessoas precisam chegar nas portas da morte para entender isso, e se entendermos isso, como diz o Bardo Thodol, o Livro Tibetano dos Mortos, não precisaríamos morrer; segundo ele, morreríamos por não entender como viver. Pense em uma caçamba de entulho; por isso, morremos e reencarnamos, mas não na visão moderna e deturpada kardecista, e sim nas escolas de ocultismo de Jesus, que é a metempsicose.
Solidão gera vida, saudável e nunca será isolado. Temos que amar estar só conosco mesmo. Eu adoro estar só. Se há medo, você não nasceu a dois, mas sozinho, e vai morrer também sozinho.
Viva nas multidões, mas não se esconda nelas. Comece numa conversa consigo mesmo: qual o sentido da minha vida, de onde vim, que Deus realmente é esse aí, quais as mazelas que a religião tem feito para a humanidade, para amigos, parentes, e por consequência, comigo? A religião não se importa com seu eu mais profundo; é como uma pessoa com câncer que acredita que seu médico é só dela, não você. Sai do consultório, entra outra pessoa doente. Você não é exclusivo ou especial. Você vai ser só mais um.
Quem tem que cuidar de você é você mesmo, mas nos acostumamos a colocar um filho na escola e acreditar que a criação do filho é responsabilidade do professor; nossa doença não é responsabilidade do médico. Isso funciona para tudo. A religião, infelizmente, retira da nossa culpa e responsabilidade nossa dor e sofrimento, mas não é de Deus ou Jesus essa responsabilidade. Não deixe, como doentes fazem, o resultado da sua saúde nas mãos dos outros. Assuma o leme da sua vida. Só depois continuaremos nossa conversa em outros contatos, mas não deixe de ver o post sobre sofrimento.
Quando se conhecer na solidão, será uma pessoa completa, não superficial. Dará mais do que receberá. Se você se perguntar se é solitário ou não, se é uma pessoa que vive isolada, são questões que podem ser comparadas a uma doença que deve ser tratada. Em determinado momento, você deve questionar se dá mais ou recebe mais. Sozinho, está sempre no Instagram vendo a vida dos outros; não que isso seja ruim, pelo contrário, mas é necessário aprender a viver sua própria vida. Não tenha medo de olhar para sua própria vida e não ver nada. Se sempre foge de si, isso é um vazio e solidão isolada.
Você entrou aqui achando que não era um solitário, mas não contava com o que leu?
Solidão é a serenidade de explorar o universo literalmente sem se sentir perdido.

Fim. por enquanto!