Suicídio e suas verdades.

3ª parte.

Ah, a vida religiosa que você conhece é aquela que nos aprisiona na era medieval… e não ouse dizer que não é verdade!

Pense assim: na era medieval, as pessoas até certo ponto se matavam aos milhares para evitar muitos outros sofrimentos. Os guerreiros preferiam morrer em batalha a enfrentar doenças, como o câncer de próstata, pois viam seus ancestrais sofrendo, apodrecendo vivos.

E assim, criou-se a fábula de morrer com honra em batalha, algo retratado em filmes modernos com a ideia da “bala de honra”. É importante ressaltar que quem escreveu sobre isso foram os vitoriosos.

No entanto, a igreja tentava conter esses suicídios em massa, o que levou à busca por fórmulas de veneno no mundo dos alquimistas. A igreja exercia total controle sobre as vidas das pessoas, inclusive após a morte, com sua noção de paraíso que persiste até hoje.

O dogma de que o suicídio era um pecado foi estabelecido, levando à crença de que quem o cometesse iria para o inferno.

As pessoas ignorantes sofriam até o fim de seus dias, influenciadas por essa ideia, o que resultou no conceito de extrema unção. “Unctio Extrema” ou “Sacramentum Extrēmæ Unctionis”.

E a preguiça na busca pelo conhecimento não é um privilégio apenas daquela época, acredite. Olhe para todas as igrejas, nenhuma excluída; todas delas ainda mantêm dogmas medievais.

“Não viva à sombra de fábulas e contos de filmes modernos; busque a verdadeira história e não seja um ignorante como um cavalo guiado por qualquer um.”-Mestre Aquila.

A felicidade reside na ignorância.

Liberte-se.

Estudar, ler e buscar conhecimento de alto nível tem um preço altíssimo, e ninguém quer se desgastar para obter respostas sobre alguém que se matou? Dirão que são todos os problemas dele, mesmo que de forma velada.

E eu pergunto, e se for alguém próximo a você, muito próximo? Seria então o problema de quem? Nesse caso, estudar isso importaria?

A ignorância traz paz e felicidade, pois o conhecimento nos obriga a lidar com situações que não mais serão suposições ou responsabilidade de outros, como Deus ou o Diabo, mas sim nossa.

“Na ignorância, podemos encontrar um refúgio temporário, mas é no conhecimento que descobrimos as cores vibrantes da vida, mesmo que às vezes sejam misturadas com tons mais sombrios.” – Carl Sagan

A morte é a morte, ponto final. E é isso que importa.

A filosofia, as ciências ocultas das escolas de mistérios, respondem a tudo utilizando a γνῶσις gnose, um conhecimento especial amplamente divulgado há mais de 2000 anos.

“O conhecimento é a única opção de salvação da alma.” – Voltaire

As respostas estão aí, mas vivemos nas sombras, mal sabemos ler o nosso mundo, maravilhados com a nossa tecnologia medíocre, que encobre tudo com um manto de conforto, desviando-nos de coisas que realmente importam. Aceitar isso só nos levará a chorar inconsolavelmente e buscar coisas como psicografia e afins.

Mas se aprendermos a entender e não formos apenas meros espectadores e críticos das coisas como a origem e as reais consequências da morte, não apenas por suicídio, que é apenas mais uma opção, e não mais do que isso, pense em como e onde a pessoa deseja partir.

Só nos falta um conhecimento sério e não especulativo, como o criado por religiosos interesseiros, pois vivemos e choramos por conceitos criados por especuladores.

Mas trago agora fontes sérias e não achismos. As respostas surgirão a partir de um conhecimento qualificado sobre o ocultismo antigo.

“O desconhecimento é uma prisão mais perigosa do que as grades de uma cela.” – George Bernard Shaw

As respostas estão em textos há muito encobertos em segredos, testemunhas daqueles que foram queimados e pensadores mortos pela igreja.

“Nos textos ocultos, repousam as respostas para os mistérios mais profundos da existência, aguardando pacientemente por olhos dispostos a decifrá-los.”-Mestre Aquila.

No entanto, este artigo visa abrir a mente de qualquer pessoa que o leia. No final das contas, tanto aqueles que criticam quanto aqueles que sofrem, todos pecam por falta de conhecimento.

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”-Apóstolo Paulo.

Trago argumentos embasados, abraçando todas as culturas, para oferecer conforto ao meu amigo, pai, mãe e convalescente. Este artigo é uma resposta a ser dada para silenciar os ditos religiosos arrogantes e completamente analfabetos funcionais neste campo, e vou provar isso.

Antes falemos sobre eutanásia, que é um direito não concedido por governos ou autoridades, independente de sexo, idade e credo.

“O direito à morte assistida é o último ato de compaixão que podemos oferecer a alguém que sofre.”- Jack Kevorkian

No entanto, em países com uma forte influência do cristianismo, como o Brasil, a eutanásia é negada, sempre embasada em uma constituição como colcha de retalhos formada por incultos e ignorantes.

Vemos isso quando o judiciário se perde em resoluções por ter uma constituição mal feita e remendada por uma hombridade moral isolada e infantil de decoro imoral, que mal sabe o que é ética.

E como ficam as pessoas que somente não desejam mais viver? Para tanto, cometem de forma terrorista a própria morte, marcando as pessoas que ficam, sendo que qualquer pessoa, depois da maioridade, tem poder de decidir seu destino e sendo vedado esse direito deixam marcas terríveis para parentes e amigos, coisa que poderia ser muito abrandada com uma simples injeção letal em ambientes propícios.

Mas num país de covardes, isso não existe, e quem sofre, no fim das contas, é quem fica. Eutanásia não é direito democrático, mas humanitário, e faz parte da natureza das leis do dharma, do caos, e não dos homens. Daí o preço de uma cultura retrógrada e de hipócritas ambiciosos e literalistas religiosos.

No Brasil, por exemplo, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2020 foram registrados mais de 13 mil casos de suicídio. Em nível mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 800 mil pessoas morram por suicídio a cada ano.

“Eutanásia e/ou suicídio: o sagrado coexiste?”

No mundo antigo, na época de Jesus, a prática da eutanásia era comum, por isso não vemos menções sobre isso na Bíblia ou em textos antigos, pois não era considerada suicídio.

“Assim como uma pessoa que dorme não teme os sonhos, aquele que está morto não teme a morte.” – Francis Bacon.

Tudo é vibração, conforme defendido pela ciência, algo que até pouco tempo atrás era considerado crendice de esotéricos.

Em breve estarei oferecendo a segunda fase do curso de Cabala Cristã. Nela, iremos explorar, entre muitas provas, a existência e eficácia desta ciência da vibração em sua forma prática e comprovar, por meio de práticas hoje ensinadas como holísticas, o manuseio da vibração, que foi muito utilizada por escolas de ocultismo há séculos, para a cura de doenças e mudanças de pensamento.

A prática de usar vibração em rituais antigos pode ser associada ao termo grego “ἱερὰ ἄντιστροφα” (pronunciado “hiera ántistropha”), que se refere aos “cantos sagrados” ou “cânticos sagrados”. Na Grécia Antiga, o uso da voz em cerimônias religiosas e rituais era considerado uma forma poderosa de conexão com o divino e influência sobre o mundo material.

Esses cânticos muitas vezes envolviam padrões vocais específicos e repetitivos, destinados a criar ressonâncias espirituais ou energéticas.

Essa é uma oportunidade para aqueles que enfrentam pensamentos suicidas, ou desejam parar de sofrer por isso e outras coisas aprenderem e terem a chance de redirecionar e utilizar seu principal instrumento, o desapego do mundo, em prol de sua máxima evolução nesta vida.

Pistis Sophia: A Voz de Jesus, o Mago.

O texto de filosofia e escola de ocultismo mais antigo do que os da Bíblia é o Pistis Sophia. Nele, Jesus responde a perguntas sobre o que nos acontece depois da morte e as etapas do pós-morte, dando detalhes sobre o que nos aguarda após falecermos.

Jesus não fala sobre suicídios, pois em seu mundo isso era considerado normal e não visto como uma aberração imoral, ao contrário, pensadores como os estoicos e até mesmo o imperador mais poderoso que o mundo conheceu, Marco Aurélio, defendem isso não como fraqueza, porque para eles a morte é apenas morte, seja natural, como por doença ou acidente, ou causada por outra pessoa.

Não se dividia as formas da morte, somente Jesus respondia o que acontecia com a pessoa depois de morrer, se ela estava pronta para morrer ou não.

E se vemos hoje, quase 100% não estão prontos, então não importaria para eles se suicidou, foi assassinado ou morreu de doenças, e é isso que importava para essas escolas, culturas, seja estoicas ou não.

Para os estoicos, o importante era viver de acordo com a virtude e a razão, e não permitir que as paixões e emoções dominassem a mente. Se alguém enfrentasse uma dor insuportável ou estivesse em uma situação onde não fosse possível viver de acordo com os princípios da virtude, o suicídio poderia ser visto como uma maneira de preservar a dignidade e a integridade moral.

Os evangelhos foram escritos séculos depois de Jesus; o próprio evangelho de Lucas, no capítulo 1º, diz que foi escrito por conveniência. E aí tem valor? O que passo a falar: Jesus tem voz para você.

pareceu-me também a mim conveniente” Lucas. Cap.1:3

“ἔδοξε κἀμοὶ ἐπιγνῶναι πᾶσιν ἄνωθεν, σε κράτιστε Θεόφιλε,”

A palavra “conveniente” em grego é “ἐπιγνῶναι” (epignōnai).

A ideia é que, já que há tantas discussões, eu também escrevo por conveniência para dar minha visão e continuar, apesar de ser uma suposta investigação precisa.

Ele pesquisou séculos depois, num mundo onde não existia mais ninguém vivo que sequer conheceu Jesus ou seus discípulos. Essa ideia de Lucas ser discípulo de Paulo é besteira, pois Paulo escreveu anos 50 e hoje historiadores sabem que textos como Atos, também de Lucas, são do século II D.c.

Sendo assim, está provado que o “Pistis Sophia” é mais antigo e suas palavras saíram da boca do próprio Jesus, o detentor do Cristo. E sim, neste texto, ele fala passo a passo sobre o pós-vida ou outro momento de vida.

Mas o Pistis Sophia é dos primeiros discípulos da gnose.

Só um adendo, você sabe o que significa esse símbolo Abraxas?

1-Imagem de Abraxas: A imagem tradicional de Abraxas é uma figura com corpo humano, cabeça de galo, pernas de serpente e asas. Essa imagem é uma representação visual da síntese de opostos.

2-O Nome Abraxas: O nome “Abraxas” também é um símbolo em si mesmo. Acredita-se que o nome tenha poderes mágicos e seja usado em rituais e encantamentos.

3-Amuletos e Talismãs: Amuletos e talismãs com a imagem ou o nome de Abraxas eram usados pelos antigos gnósticos como uma forma de proteção espiritual e como símbolo de poder mágico.

4-Gematria: O nome Abraxas tem um valor numérico associado a ele na gematria, uma prática de atribuir valores numéricos às letras em sistemas alfabéticos. O valor numérico de “Abraxas” é frequentemente associado a conceitos astrológicos ou cósmicos.

Ensino a usar a ciência da Gematria em meus cursos sobre Cabala cristã.

Pistis Sophia

E é a gnose que defende que as pessoas desapegadas são especiais e isso nos leva à pergunta: Vamos à gnose?

Os textos gnósticos defendem que a “Alma”, na perspectiva platônica, e é algo muito diferente do que o cristão medieval e moderno entende como alma, e isso faz total diferença quando olhamos para um suicida.

Defendo com embasamento por ter cursado filosofia tomista, e é Tomás de Aquino quem dita o que é a alma para a igreja.

Se vemos a ignorante e medieval visão de alma como algo igual a nós, uma coisa infantil, seria possível entender como eles entendem essa ignorante visão pessoal criminosa de suicídio. Mas se vemos a ideia que reinou por séculos até a idade média do que seria alma na visão de todos os povos, milenares e filosóficos, aí tudo toma outra conotação.

Quem está certo? Filósofos, escolas de ocultismo, matemáticos e cientistas antigos ou guerreiros políticos e incultos manipuladores da religião da Idade Média?

Sendo assim, é preciso ter isso bem claro na mente. Não podemos confundir isso para entender que o suicídio não é o que gritamos aos quatro cantos como uma fraqueza ou violência. Isso é cultura medieval.

Pense assim: serei mais prático, mas não leve ao pé da letra. Pense em um jogo de gamer: quando o jogador não passa de fase e aparece ‘game over’, é mais ou menos isso. Tem de recomeçar do zero, tudo novo, não é mais o velho jogo.

Lembra da Bíblia? Nova pessoa? Se isso não ocorre, e isso não é o que ditam os religiosos; está muito além de simplesmente ser religioso, ir para igreja e se dizer, ou alguém dizer que você é uma nova pessoa.

Está além dessa crendice. É isso que nos dá a seguinte ideia: morrer natural ou suicidar-se, não importa, tudo recomeça de novo. Se fosse só isso, não estaríamos revivendo novas experiências. Lembre-se de Nietzsche e seu “Eterno Retorno”.

Ou você se lembra de algo? O problema está aí; você nasceu em outra vida, sendo assim, pode até ter ascendido em alguma evolução nas “Sendas”, mas nunca foi outra pessoa. Então, se morreu em outra vida, seja por morte matada ou morrida, como dizem, não importou.

Se não morrer com a mente expandida, vai sofrer tudo de novo, se não pior. Só teve outra oportunidade. E não é assim: o jogo de gamer; não foi Platão quem disse, assim como é em cima também é embaixo. O objetivo desse nosso jogo é não nascer mais e sair dessa prisão deste mundo.

Nesse contexto, o suicídio pode ser visto como uma tentativa de escapar das dificuldades da vida terrena, mas não necessariamente como uma solução definitiva para o sofrimento humano.

Se suicídio ou morte natural, como já disse, não importa para os antigos. Mas o que acontece depois dela? Jesus nos dá passos a passo nesses futuros eventos, diferindo apenas para as pessoas com mentes expandidas; as que morrem presas às ilusões desse mundo não têm recordação de nada no pós-vida, mas os de mente expandida sim, eles se lembram de tudo, inclusive de outras vidas.

Nos textos gnósticos, a liberdade de escolha da hora da morte é abordada como uma prerrogativa essencial do ser humano, refletindo sua autonomia sobre sua própria existência. E neles vamos entrar nesta próxima fase.

Nos tornamos reféns do mal que nós mesmos criamos.

Continua….

Aquila

Mestre cabalista cristão, cientista (exegeta) de línguas mortas. Neste blog, utilizando o grego koiné, desmembrarei textos apócrifos e ortodoxos cristãos, e também farei uso do sânscrito para explorar textos védicos, como por exemplo a Bhagavad Gita. Prepare-se para uma jornada que desafia sua mente e remodela sua estrutura de conhecimento em relação às crenças limitantes.

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